Farol do Maranhão

Último ano da gestão de Braide, lembra fim de mandato de Castelo, mas desfecho pode ser diferente

O fim da gestão de Eduardo Braide (PSD), remonta ao ano de 2012, último ano da gestão de João Castelo (falecido), no comando da Prefeitura de São Luís. Ambos possuem características semelhantes na política e na administração.

Ao anunciar o primeiro viaduto de São Luís construído pela Prefeitura, Eduardo Braide consolida a marca de tocador de grandes obras, assim como Castelo ficou conhecido quando governador do Maranhão e quis repetir a fórmula como prefeito.

Além do Viaduto do Km 0, Braide está com o Socorrão II em obras, prometendo um novo hospital; na região do Renascença e Calhau, a obra do Trânsito Livre foi iniciada, mas está em marcha lenta há um bom tempo. Fora isso, várias são as obras de reformas de Unidades de Saúde, construção de Creche, reforma de escolas etc. Pavimentação de ruas e avenidas, modernização da sinalização de trânsito e praças.

Em 2008, Castelo estava no mesmo ritmo com as obras da Avenida Santos Dumont, outra Avenida que liga Barramar ao Parque Athenas e a Mário Andreazza, pelo menos estas, todas foram entregues. Assim como a reforma do Cine Teatro São Luís, antigo Roxy.

Mas inúmeros outros projetos ficaram pelo caminho como a revitalização de 24 ruas do Centro Histórico, canalização de diversos córregos, reforma do prédio do BEM, reforma e modernização do Mercado Central (esse nunca concluído até hoje), e quem não lembra do folclórico projeto do VLT, que virou piada e só teve uma viagem de 600 metros, oferecida aos jornalistas. Desde então os vagões só consomem dinheiro público em um galpão alugado para armazena-los.

No campo da politica, existem novas semelhanças. Castelo ficou isolado politicamente, após forte intervenção de sua filha Gardeninha Castelo, tanto que na campanha de reeleição só contou com o apoio dos nanicos PMN e PRP, liderados por Astro de Ogum e Chaguinhas na época, além do seu próprio PSDB que conta com Neto Evangelista e Carlos Brandão, que era deputado federal.

Agora, Braide segue caminho semelhante, mas sem interferência de familiares, por escolha própria se isolou, mas apesar de poucos partidos, estes possuem uma maior robustez que é o caso do PSD, o seu próprio e o Republicanos de Aluísio Mendes. O prefeito ainda nutre a esperança do apoio do MDB e outros nanicos.

Na campanha de reeleição, Castelo enfrentou uma coalizão montada por Flávio Dino em torno de Edivaldo que saiu vitorioso.

Agora em 2024, mais uma vez, Flávio Dino (mesmo fora da politica de forma oficial), montou uma nova coalizão com apoio do governador Carlos Brandão em torno de Duarte Júnior (PSB).

Apesar das semelhanças, existe uma forte diferença entre Castelo e Braide, o primeiro já sofria forte desgaste e rejeição popular nas pesquisas, já Braide ainda acumula popularidade e bons números, liderando as pesquisas eleitorais.

Vale destacar, que Braide chegou a fazer parte da gestão de Castelo como secretário de Orçamento Participativo nos dois primeiros anos em 2009 e 2010.

Os que adoram história costumam lembrar a célebre frase de Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. Fatalmente, a gestão de Castelo foi trágica, resta saber se Braide terminará como previu o revolucionário socialista.