Farol do Maranhão

Governo do MA se recusa a fornecer leite especial à criança carente, mas DPE garante fornecimento judicialmente

Defensoria Pública Estadual (DPE), através do seu portal na web, noticiou uma grande vitória que uma família do município de Balsas conseguiu judicialmente contra o Estado do Maranhão, por meio de ação civil pública ajuizada para fornecimento de alimentação especial a uma criança, diagnosticada com alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

Na última sexta-feira (21), a Defensoria Pública Estadual (DPE), através do seu portal na web, noticiou uma grande vitória que uma família do município de Balsas conseguiu judicialmente contra o Estado do Maranhão, por meio de ação civil pública ajuizada para fornecimento de alimentação especial a uma criança, diagnosticada com alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

A criança deverá recebe mensalmente, 10 latas de leite especial por parte do Governo do Estado e, caso não haja possibilidade de fornecimento do referido produto, o órgão público responsável deverá arcar com os custos do produto na rede particular.

Após as tentativas de conseguir o leite prescrito junto à secretaria estadual, os pais decidiram buscar a Defensoria Pública de Balsas, que, por sua vez, tentou uma resolução administrativa para o conflito, entretanto não obteve resposta. Após as negativas do poder público, a DPE impetrou ação judicial visando resguardar o direito constitucional do menor à saúde, de maneira urgente, tendo em vista a situação perigosa e o iminente risco de morte da criança.

Conhecendo o caso:

Desde o nascimento, o bebê de 9 meses precisou de leite especial, já que sua mãe não produz leite materno suficiente. Entretanto, o produto escolhido inicialmente causava efeitos colaterais severos, fazendo a criança chorar em demasia, surgem manchas e assaduras, além de forte diarreia.

Neste contexto, os responsáveis decidiram mudar para um leite de acordo com a prescrição pediátrica. Entretanto, cada lata do produto custa em torno de 250 reais, o que inviabiliza sua compra já que o valor mensal chegaria aos R$ 2.500 reais, sendo que a mãe está desempregada e, também, em situação de vulnerabilidade social.

A mãe da criança, então, buscou a Secretaria Estadual de Saúde, onde foi informada que as consultas com o gastropediatra estavam suspensas. Após inúmeras tentativas por telefone, a mãe foi informada que as consultas não seriam agendadas neste momento devido a Pandemia

Vendo a grave violação de seus direitos e de seu filho, a responsável então procurou a Defensoria, que, após tentativas de solução amigável para o impasse, foi impelida a entrar com a ação, que foi acatada pela Justiça, garantindo o benefício à criança.

Quando isso começou a acontecer eu fiquei sem chão e foi aí que busquei o apoio da Defensoria Pública. Nada que eu diga será capaz de expressar a gratidão que estou sentindo pela instituição e por todos da equipe que se empenharam, mesmo que de forma virtual, para que o direito do meu filho fosse preservado“, agradeceu a mãe da criança.

Fonte: DPE