Agência Assembleia
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No ‘Dia da Proclamação da República’ (15 de novembro), o programa Diário da Manhã, da Rádio Assembleia, recebeu a historiadora Júlia Constança, professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), para explanar um panorama sobre os eventos que levaram ao fim da monarquia no Brasil e à instituição da República.
“Esse momento foi um marco decisivo na história do Brasil, que resultou não apenas na queda da monarquia, mas também na redefinição do modelo de governo do país. A transição foi marcada por uma série de insatisfações sociais e políticas de civis, mas principalmente de militares”, explicou a historiadora.
Segundo Júlia Constança, a monarquia no Brasil já apresentava sinais de desgaste. “Foi um longo período marcado por tensões internas e dificuldades para atender às demandas da sociedade. Um governo que se prolonga por tanto tempo acaba se tornando mais suscetível a críticas”, destacou.
A professora também ressaltou o debate em torno da legitimidade da proclamação. “Para alguns historiadores, a falta de envolvimento popular a torna um golpe, por ter sido conduzida por uma elite militar e política. Por outro lado, outros argumentam que, apesar disso, havia um descontentamento generalizado”.
Para a entrevistada, era quase inevitável que a Proclamação da República não acontecesse. “O ato de proclamar parecia apenas formalizar algo que já estava no ar. Para muitos líderes da época, era algo que já estava prestes a acontecer”, acrescentou.