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parabenizar o presidente do TRE, desembargador José Gonçalo, que conduziu serenamente essa grande eleição, muito disputada em todas as cidades. Parabenizo, ainda, a presidente desta Casa, deputada Iracema Vale, que elegeu seu filho prefeito de Barreirinhas. Com certeza, foi a maior alegria que ela já teve, mais do que a sua própria eleição. Parabéns também aos meus amigos deputados estaduais, que também se elegeram, em especial, este aqui que está presente, o Juscelino Marreca, eleito prefeito de Santa Luzia”, enfatizou o deputado Ariston. Nesta semana, outros parlamentares também abordaram este tema na tribuna. O deputado Othelino Neto (Solidariedade) destacou a velocidade da divulgação dos resultados e a confiabilidade das urnas eletrônicas, que considera um exemplo para o mundo. No mesmo tom, o deputado Carlos Lula (PSB) ressaltou a atuação da Justiça Eleitoral, a velocidade na divulgação dos resultados e a confiabilidade das urnas.
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Farol do Maranhão

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda ações de preservação de mares, rios e mangues

 Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

Assista ao programa na íntegra

O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (23) a professora Flávia Mochel, do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Ela fez uma explanação sobre projetos socioambientais voltados para a preservação de mares, rios e mangues no litoral maranhense.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, Flávia Mochel destacou a importância do método de recuperação de manguezais desenvolvido na UFMA.

Depois de mais de 20 anos dedicados à ciência básica, que lhe renderam conhecimentos sobre a dinâmica dos manguezais, a pesquisadora maranhense, que é doutora em Geociência, conseguiu desenvolver um processo mais rápido de recuperação dos mangues.

Fundadora e coordenadora do Cermangue (Centro de Recuperação de Manguezais na UFMA), Flávia Mochel alertou para a necessidade de preservação dos mangues, um dos responsáveis, por exemplo, pelo controle do fluxo de marés. “Já conseguimos comprovar que o manguezal evita que o excesso de água avance pelo continente”, assinalou.

“A recuperação de manguezais degradados luta contra a preocupante informação de que os mangues estão sendo destruídos quatro vezes mais rapidamente do que as demais florestas do mundo. Os impactos ambientais advêm de desmatamentos, canalizações, queimadas e barragens. As barragens, especialmente, tiram uma quantidade ou modificam a dinâmica de sedimentos que vêm para zona costeira, dos quais os manguezais são dependentes”, ressaltou a pesquisadora.

Manutenção de densidade

Flávia Mochel explicou ainda que esse ecossistema só consegue cumprir sua função de proteger a costa de problemas como a erosão, assoreamento, enchentes e ventos se houver a manutenção de densidade, espécies e uma faixa extensa de manguezal.

Além dos bens e serviços ambientais, com a biodiversidade e o patrimônio genético, os manguezais têm um papel importante na dieta humana. “Mais de 100 mil famílias maranhenses vivem do recurso do caranguejo. A perda desse patrimônio não é só uma perda ambiental, mas econômica, social e de proteção alimentar”, frisou.

A professora explicou que os manguezais brasileiros estendem-se por 6.800 km da costa do país; e são os mais desenvolvidos do mundo. “Mas cada bosque de mangue funciona de forma diferente. Somente no Maranhão, existem sete espécies distintas de manguezal”, afirmou Flávia Mochel.

Método

A pofessora acrescentou que, com o método desenvolvido na UFMA, propágulos do mangue, que são sementes já germinadas, são coletados em áreas lamosas e alagadas. Em seguida, são cultivados em viveiros, onde recebem acompanhamento constante. Em alguns meses, as plantas são devolvidas aos bosques de mangue.

“São ecossistemas complexos e variados e dependem, também, da preservação de estuários, apicuns, planícies de marés, recifes de coral e praias”, destacou a pesquisadora.

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Flávia Mochel informou que o Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue) foi criado em 2011 pelo Laboratório de Manguezais do Departamento de Oceanografia e Limnologia.

Flávia Mochel, que acumulou experiência com a restauração de mangues em áreas portuárias na Bacia Hidrográfica do Bacanga desde 2006, possui experiência na área de Ecologia, Oceanografia Biológica e Educação Ambiental, com ênfase em Ecologia e Recuperação Ecológica de Manguezais e Educação Ambiental formal.