Farol do Maranhão

36 anos: um ensaio sobre o tempo e a vida que segue

Chegar aos 36 anos é encarar o espelho e ver não só o rosto que o tempo moldou, mas também os vazios que ele cavou. É um marco silencioso, sem as euforias dos 20 nem a estabilidade prometida pelos 40. Aqui, estamos no meio do caminho, e talvez seja isso que assuste.

A vida é um acúmulo de mudanças, e algumas delas vêm sem aviso, tirando o chão. Perdemos certezas, ganhamos pesos, não falo do sentido físico, mas sim do emocional. Até mesmo pedaços de quem somos. E, no entanto, seguimos.

36 anos não são só números; são marcas, cicatrizes, recomeços. São medos que aprendemos a domesticar e sonhos que, mesmo com os tropeços, insistem em nos chamar. O futuro já não é um campo aberto e infinito, mas ainda tem espaço para ser escrito.

Viva os 36 anos, que tenha sabedoria para buscar muito mais…